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sábado, 19 de novembro de 2011

Na esfera do espiritismo


Se o Espiritismo tivesse vindo ao mundo por meio do trabalho hercúleo do seu Codificador, somente para garantir-nos que a morte não existe, e libertar-nos, assim, do horror que a idéia do nada nos impunha, já teria realizado o belíssimo papel de nos permitir viver confiantes, sem medo do caos, do fim.

O Espiritismo, entretanto, representando a presença do próprio Cristo no seio do mundo Terra, abriu-nos as portas do infinito e deixou-nos ouvir, nas vozes da Imortalidade Feliz os convite à reflexão e os apelos à retidão de conduta com um vigor e uma clareza sem tamanhos.
Jamais ouvíramos falar em Deus como nos falou o Espirito de Verdade. O Criador do universo deixou de ser alguém muito distante e amedrontador, para que passássemos a entende-Lo como uma Causa, com algo que está muitíssimo próximo, porque está em nós mesmos e em tudo o que nos rodeia. 
O entendimento geral que tinhamos a respeito da alma e da sua existência, passava pelo medo que se desenvolvera através das crendices e superstições do mundo, desenvolvidas e alimentadas por exploradores da ignorância alheia, presentes em todos os tempos da humanidade.

O Espiritismo veio-nos falar da alma, e da sua condição de ser imortal, com tão grande lógica e beleza, que se tornou mais racionalizável a compreensão da sua necessidade de voltar várias vezes ao solo planetário, a fim de complementar pouco a pouco, a marcha do seu progresso no rumo da perfeição.

Tanta clareza que norteia os ensinos sobre a pluralidade das existências quanto as análises graves e consoladoras a respeito da comunicação dos mortos com os vivos, nos fenómenos da mediunidade, enchem de beleza o pensamento espírita e dão grandioso sentido às nossas relações planetárias, às vidas humanas no mundo, respondendo a essa leva imensa de criaturas que ainda não sabe quem é, de onde proveio nem para onde rumará, após a sua desencarnação. A alegria lúcida e amadurecida que nos preenche o ser, tão-logo o espiritismo penetra as nossa vidas, torna-se algo permanente e enriquecedor pelos nosso caminhos evolutivos.

A racionalidade com que o Espiritismo nos leva a pensar e avaliar tudo o que somos, tudo o que fazemos mirando o porvir, durante a romagem terrena, faz-se ponto de honra para quem a ele se ajusta, principalmente porque insiste na comunhão necessária entre a razão e o sentimento. Não absolutiza nem a razão nem o sentimento, mas propões que essas forças da alma se ajustem, reciprocamente, para que se estabeleça o almejado equilíbrio humano.

É por isso que a nossa integração voluntária e consciente ao pensamento espírita pode representar a nossa plena libertação do passado de ignorância e de sombras, enquanto seguimos a via vitoriosa para a luz de Deus.


Ivan de Albuquerque, in Caminhos para o amor e a paz, psicografia de J. Raul Teixeira

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O vício

O vício, com origem na palavra em latim vitiu (hábito prejudicial; erro; costume; defeito;) definido como o oposto de virtude e, também, como a busca de alívio a curto prazo para as dores ou sentimentos menos felizes, para de certa maneira os compensar com algum prazer ainda que prejudicial para o próprio ou para o seu próximo a longo prazo.
Efectivamente, muito poucos de nós podem dizer que não possuem, ou que não possuíram já um vício.
Perante a sociedade em que estamos inseridos, várias são as dificuldades com que nos deparamos incessantemente no decorrer do dia-a-dia. Individualmente, e como que um reflexo da imperfeição que nos é inerente neste patamar evolutivo em que nos encontramos, surge a vontade de praticar algo que nos dê algum prazer nesta rotina infeliz em que nos sentimos. Aí, subtilmente, começam a surgir os maus hábitos, que se tornam então uma constante em nós.
A consciência ainda diz que não ou que basta, mas o poder, aliciante, sedutor, opta pelo sim. São variados os sinónimos de vício, mas não obstante, só existe uma maneira real de o superar, utilizando a vontade. Força essa que tem que ser sustentada ardentemente para se poder sobrepor à fuga de nós mesmos.

Já o nosso grande mestre dizia “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.”
(Mateus 22:37-39)

Com estas palavras o médico dos médicos, Jesus, deixou-nos uma explicação de como nos ampararmos, amparando os outros. Demonstra-nos que a sustentabilidade da nossa alma reside no amor, amor este que produzimos em nós, no que damos aos outros.
Manter uma atitude na vida devidamente sadia, a início não é fácil, mas faz parte da condição humana, assim também como o dever de fazermos o melhor por crescermos interiormente. Fé em Deus, praticar o amor através da caridade é um bom remédio para esta nossa transformação, este burilar que nos ajuda a ultrapassar a necessidade de nos refugiarmos em velhos e maus hábitos, não esquecendo que nada é por acaso, que cedo ou tarde surge a oportunidade de darmos o primeiro passo. Quanto mais cedo, melhor, mas confiando sempre, porque Jesus está no leme e porque Deus só não ampara quem não deseja ser amparado.

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