segunda-feira, 2 de maio de 2011

O vício

O vício, com origem na palavra em latim vitiu (hábito prejudicial; erro; costume; defeito;) definido como o oposto de virtude e, também, como a busca de alívio a curto prazo para as dores ou sentimentos menos felizes, para de certa maneira os compensar com algum prazer ainda que prejudicial para o próprio ou para o seu próximo a longo prazo.
Efectivamente, muito poucos de nós podem dizer que não possuem, ou que não possuíram já um vício.
Perante a sociedade em que estamos inseridos, várias são as dificuldades com que nos deparamos incessantemente no decorrer do dia-a-dia. Individualmente, e como que um reflexo da imperfeição que nos é inerente neste patamar evolutivo em que nos encontramos, surge a vontade de praticar algo que nos dê algum prazer nesta rotina infeliz em que nos sentimos. Aí, subtilmente, começam a surgir os maus hábitos, que se tornam então uma constante em nós.
A consciência ainda diz que não ou que basta, mas o poder, aliciante, sedutor, opta pelo sim. São variados os sinónimos de vício, mas não obstante, só existe uma maneira real de o superar, utilizando a vontade. Força essa que tem que ser sustentada ardentemente para se poder sobrepor à fuga de nós mesmos.

Já o nosso grande mestre dizia “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.”
(Mateus 22:37-39)

Com estas palavras o médico dos médicos, Jesus, deixou-nos uma explicação de como nos ampararmos, amparando os outros. Demonstra-nos que a sustentabilidade da nossa alma reside no amor, amor este que produzimos em nós, no que damos aos outros.
Manter uma atitude na vida devidamente sadia, a início não é fácil, mas faz parte da condição humana, assim também como o dever de fazermos o melhor por crescermos interiormente. Fé em Deus, praticar o amor através da caridade é um bom remédio para esta nossa transformação, este burilar que nos ajuda a ultrapassar a necessidade de nos refugiarmos em velhos e maus hábitos, não esquecendo que nada é por acaso, que cedo ou tarde surge a oportunidade de darmos o primeiro passo. Quanto mais cedo, melhor, mas confiando sempre, porque Jesus está no leme e porque Deus só não ampara quem não deseja ser amparado.

1 comentário:

Amorim disse...

O homem que aceita a guerra como modo de vida, o conflito como coisa inata, o ódio, a ganância, a inveja e a agressão ao grupo rival como parte da existência diária.

Aceitando isto aceita-se a estrutura da sociedade tal como é. É este o modelo actual de sociedade respeitável e todos queremos ser muito respeitáveis e crediveis.

Este ambiente altamente agressivo e competitivo, cria nos individuos um enorme sentimento de exclusão e insegurança tanto física como psiquica e aí surge a necessidade de uma ilusão protectora:

Quer seja por uma religião com um deus salvador, quer seja por uma filosofia de incontestável superioridade, quer seja o patriotismo de um país protector e invencivel, ou por um produto que artificialmente o exalta e lhe vence o medo.

Tudo tem por objectivo criar uma ilusão de segurança, acresce que para o último caso, cada vez são necessárias mais doses do produto acabando por conduzir ao vicio, à degradação física e psiquica e atrair uma multidão de criaturas com o mesmo problema.

E o engraçado, é que é tudo uma ilusão não existe essa coisa de segurança ...
Estamos todos nas mãos de Deus...
Abr

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