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sábado, 7 de abril de 2012

"Sois Deuses?"

No capítulo 10 do evangelho de João, encontramos o quase apedrejamento de Jesus pelos judeus que o questionavam acerca da sua identidade, acusando-o de blasfémia.
Ele respondeu-lhes citando parcialmente o Salmo 82, "Não está escrito em vossa lei: Sois Deuses?"

Deixamos aqui a questão colocada ao benfeitor Emmanuel no livro «O Consolador», acerca desta afirmativa do Mestre.


       «302 – Como compreender a afirmativa de Jesus aos Judeus: - “Sois deuses?”. 

        -Em todo homem repousa a partícula da  divindade do Criador, com a qual pode
        a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação. 
       
        O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades
        divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em
        elementos de ruína e destruição. 

        Entretanto, os poucos que sabem crescer  na sua divindade, pela exemplificação
        e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua
        condição espiritual, sendo justo que toda s as criaturas procuram alcançar esses
        valores, desenvolvendo para o bem e para a luz, a sua natureza divina. 

        (Emmanuel,espírito - O Consolador. 2008: 242) 

sábado, 19 de novembro de 2011

Na esfera do espiritismo


Se o Espiritismo tivesse vindo ao mundo por meio do trabalho hercúleo do seu Codificador, somente para garantir-nos que a morte não existe, e libertar-nos, assim, do horror que a idéia do nada nos impunha, já teria realizado o belíssimo papel de nos permitir viver confiantes, sem medo do caos, do fim.

O Espiritismo, entretanto, representando a presença do próprio Cristo no seio do mundo Terra, abriu-nos as portas do infinito e deixou-nos ouvir, nas vozes da Imortalidade Feliz os convite à reflexão e os apelos à retidão de conduta com um vigor e uma clareza sem tamanhos.
Jamais ouvíramos falar em Deus como nos falou o Espirito de Verdade. O Criador do universo deixou de ser alguém muito distante e amedrontador, para que passássemos a entende-Lo como uma Causa, com algo que está muitíssimo próximo, porque está em nós mesmos e em tudo o que nos rodeia. 
O entendimento geral que tinhamos a respeito da alma e da sua existência, passava pelo medo que se desenvolvera através das crendices e superstições do mundo, desenvolvidas e alimentadas por exploradores da ignorância alheia, presentes em todos os tempos da humanidade.

O Espiritismo veio-nos falar da alma, e da sua condição de ser imortal, com tão grande lógica e beleza, que se tornou mais racionalizável a compreensão da sua necessidade de voltar várias vezes ao solo planetário, a fim de complementar pouco a pouco, a marcha do seu progresso no rumo da perfeição.

Tanta clareza que norteia os ensinos sobre a pluralidade das existências quanto as análises graves e consoladoras a respeito da comunicação dos mortos com os vivos, nos fenómenos da mediunidade, enchem de beleza o pensamento espírita e dão grandioso sentido às nossas relações planetárias, às vidas humanas no mundo, respondendo a essa leva imensa de criaturas que ainda não sabe quem é, de onde proveio nem para onde rumará, após a sua desencarnação. A alegria lúcida e amadurecida que nos preenche o ser, tão-logo o espiritismo penetra as nossa vidas, torna-se algo permanente e enriquecedor pelos nosso caminhos evolutivos.

A racionalidade com que o Espiritismo nos leva a pensar e avaliar tudo o que somos, tudo o que fazemos mirando o porvir, durante a romagem terrena, faz-se ponto de honra para quem a ele se ajusta, principalmente porque insiste na comunhão necessária entre a razão e o sentimento. Não absolutiza nem a razão nem o sentimento, mas propões que essas forças da alma se ajustem, reciprocamente, para que se estabeleça o almejado equilíbrio humano.

É por isso que a nossa integração voluntária e consciente ao pensamento espírita pode representar a nossa plena libertação do passado de ignorância e de sombras, enquanto seguimos a via vitoriosa para a luz de Deus.


Ivan de Albuquerque, in Caminhos para o amor e a paz, psicografia de J. Raul Teixeira

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Um caso de desdobramento



É fato hoje comprovado e perfeitamente explicado que o Espírito, isolando-se de um corpo vivo, pode, com auxílio do seu envoltório fluido-perispirítico, aparecer em lugar diferente do em que está o corpo material.
Até ao presente, porém, a teoria, de acordo com a experiência, parece demonstrar que essa separação somente durante o sono se dá, ou, pelo menos, durante a inatividade dos sentidos corpóreos. Se são exatos, os fatos seguintes provam que ela igualmente se produz no estado de vigília. Extraímo-las da obra alemã: Os Fenômenos Místicos da Vida Humana, por Maximiliano Perty, professor da Universidade de Berne, publicada em 1861. (Leipzig e Heidelberg).

1. “Um camponês proprietário foi visto, pelo seu cocheiro, na cavalariça, com o olhar dirigido para os animais, no momento mesmo em que estava a comungar na igreja.

Narrando o fato, mais tarde, ao seu pastor, perguntou-lhe este em que pensava ele no momento da comunhão. — Para dizer a verdade, respondeu o camponês, pensava nos meus animais. — Aí está explicada a sua aparição, replicou o eclesiástico.”

Estava com a verdade o pastor, porquanto, sendo o pensamento atributo essencial do Espírito, tem este que se achar onde se ache o seu pensamento. A questão é saber se, no estado de vigília, pode o desprendimento do perispírito ser suficientemente grande para produzir uma aparição, o que implicaria um como desdobramento do Espírito, uma de cujas partes animaria o corpo fluídico e a outra o corpo material. Nada terá isto de impossível, se considerarmos que, quando o
pensamento se concentra num ponto distante, o corpo apenas atua maquinalmente, por efeito de uma espécie de impulsão mecânica, o que se verifica, sobretudo, com as pessoas distraídas. A vida espiritual acompanha o Espírito. É, pois, provável que o homem de quem se trata haja tido, naquele momento, uma distração forte e que os seus animais o preocupavam mais do que a comunhão.

Kardec, Obras Póstumas

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