sexta-feira, 22 de abril de 2011


Ciência e Religião





Há medida que o homem avança na sua caminhada, novas barreiras são transpostas e o conhecimento toma de assalto o desconhecido. É nesta linha que ao longo da história temos vindo a assistir sucessivas transcendências de conhecimento, que vão derrubando a mitologia ou religião, que justificava determinados factos até então. É quase sempre num clima de contestação que os grandes cientistas rasgam as ideologias da época e provam através do método experimental, que a ciência mais uma vês se transcendeu. Temos, entre muitos, os exemplos de Copérnico, que derrubou o sistema de Ptolomeu; Galileu quase acabava na fogueira por ter aberto os olhos da Humanidade para a imensidão do espaço; Charles Darwin, que foi fortemente contestado pela sua teoria da evolução das espécies; entre muitos outros.
Verificamos que é a Ciência tem vindo a "rebocar" a religião e esta, depois da comum resistência e face aos dados comprovados, resigna-se e adapta-se. Não nos parece que esta postura religiosa seja a mais sábia. Não será lógico admitir a complexidade e perfeição de Deus nas suas obras? Então será mais lógico contermo-nos em ideias dogmáticas, que não apresentam um significado devidamente fundamentado, ou partirmos do princípio que o Homem não conhece muito do que o rodeia e a Ciência lhe permite avançar com maior suporte, desvendando-lhe novos caminhos? Poderá parecer que estamos a refutar a Religião em detrimento da Ciência, mas não é o que se pretende. Achamos que a divergência prejudica essencialmente a Religião, pelo que não nos parece boa política. Ambas devem convergir, havendo uma perspectiva evolutiva também na Religião. Como é isto possível? Quebrando o gelo das ideias preconcebidas e relacionar as descobertas devidamente comprovadas com a obra divina. A superação é um atributo daqueles que caminham…

2 comentários:

Amorim disse...

Quando aceitamos e seguimos como certo as ideias, opiniões e indicações dos outros, quer sejam politicos, religiosos, ou filósofos, estamos a contribuir para a conflitualidade e divisão da sociedade. O que nos trará sempre mais sofrimento.

A única autoridade que legitimamente devemos aceitar é daquela vozinha que nos acompanha e nos aconselha a seguir o reto caminho. A soberania do Eu deve ser sempre restabelecida, para que a Vida se realize.

Amorim disse...

Se é a ciência que está a "reboque" da religião ou vice versa, pouco importa, pois parece que nos últimos séculos estamos todos a "reboque" uns dos outros e pouco temos adiantado.O ser humano nunca esteve tão conflituoso e violento.

O homem precisa se conhecer e ter autoconsciência é percorrer o caminho do autoconhecimento, conhecer a sua verdadeira essência que está intimamente ligada à restante sociedade (um individuo funciona como a sociedade e vice-versa).

O ser humano só desenvolve um verdadeiro autoconhecimento quando alia o espírito científico ao autêntico espírito religioso.

A mente cientifica é objectiva, a sua missão consiste em descobrir, compreender, e a partir daí tira conclusões, constrói teorias, move-se de facto em facto, explora a matéria, armazena conhecimento.

A mente religiosa é aquela que é livre e que descobre, que diretamente experimenta o que é Deus, o que é a Verdade. É uma mente sã, renovada, maleável, subtil, não está pré condicionada, nem pertence a nenhuma seita ou religião, porque estas com os seus dogmas e crenças, com os seus rituais e as suas compulsões, condicionam o ser humano, separam-no do seu semelhante, provocando o ódio e o conflito.

O espiritismo orienta o homem mas deixa-o livre para escolher o seu caminho...

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